quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Portugal, a história e as uvas.



A história do vinhedo português remonta á antiguidade, más só tardiamente seus vinhos adquiriram algum reconhecimento. Os elos comerciais tecidos com a Inglaterra desde o século XII foram o principal motor do desenvolvimento da vinha em Portugal. (Grande Larousse dos vinhos)
Segundo o instituto da vinha e do vinho OIV, 2007 Portugal possui 237.000 hectares de vinhedos plantados e uma produção de 750.000.000 de litros, sendo 69% tintos e 31% brancos.
 Denominação de Origem Controlada Vinho Verde

foto: destaque a região do minho
Localizada no noroeste de Portugal e com uma área de 38.000 hectares está denominação de origem controlada (DOC), tem ao norte o rio Minho, a leste uma cadeia montanhosa e ao sul o rio Douro. Produz vinhos de características leves, frescas, aromáticas e jovens, para serem consumidos sem um grande período de guarda, dai o nome vinho “verde”
Está região é caracterizada por solo com grandes quantidades de granito, baixa profundidade, ácido e pouco fértil
Principais uvas destinadas a fabricação de tal vinho tinto são: Alvarinho, arinto, avesso, azal, batoca, loureiro e trajadura. Para os brancos: alvarelhão, amaral, borraçal, espadeiro, padeiro, pedral e rabo de anho
      Vinho tinto: temperatura ideal para consumo 14ºC e 15ºC, tempo de guarda de 3 anos
Vinho branco: temperatura ideal para consumo 8ºC e 12ºC, tempo de guarda de 2 anos.
Vinhos com está denominação devem possuir um selo que garanta a sua qualidade e que assegure o consumidor que o mesmo foi produzido de maneira correta e na região estabelecida.

Foto: selo de garantia de vinho verde

Confraria do vinho verde:
Esta organização brasileira tem como objetivo difundir a culta por traz deste tipo de vinho, juntamente com discussões e eventos sobre o mundo do vinho.

Sites para a compra de vinho verde:

Portugal, o porto e seu vinho.






Foto: vinho do porto, taça e garrafa
As relações entre Inglaterra e Portugal, foram de extrema importância para a criação e elaboração de um dos vinhos portugueses de maior renome, o Vinho do Porto. O vinho do Porto é originalmente um vinho tinto, de uvas cultivadas na região do Douro e fortificado na região Porto, para assim suportar as grandes viagens nas épocas das navegações. Esta região foi a primeira denominação controlada, muitos anos antes do surgimento da primeira AOC (Appellation d’origine controllée) na França.
DOC Porto
A denominação de origem controlada Porto é reservada aos vinhos fortificados brancos e tintos produzidos no meio de uma região delimitada que segue o vale do Douro. (Grande Larousse dos vinhos)
Apenas propriedades com solo xistoso localizadas no vale do rio Douro possuem o direito de produzir o vinho do Porto. As principais cepas produzidas são: touriga nacional, tinto cão, tinta Roriz, tinta barroca e touriga franca, nas variedades de uvas tintas. Entre as brancas estão: sercial (esgana-cão), folgazão, verdelho, malvasia, rabigato, viosinho e gouveio.
Vinho tinto: temperatura ideal para consumo 15ºC e 17ºC, tempo de guarda de até 50 anos
Vinho branco: temperatura ideal para consumo 11ºC e 14ºC, não é indicada a guarda, deve ser consumido nos primeiros anos.
As regiões de Douro e Porto
Localizadas ao norte de Portugal, a região do douro é uma região árida, rochosa e com montanhas, região onde estão às cepas utilizadas para a produção de vinhos do Porto e do Douro. Estas duas Denominações de origem controlada dividem  uma área que segue o curso do rio.

Foto: mapa do vale do rio Douro
O Porto, o vinho e a viticultura.
Nos dias de hoje a produção do vinho do porto é feita com métodos modernos que seguem a seguinte ordem: as bagas de uva são separadas do cacho e esmagadas para a liberação do sumo, após está etapa, são despejados em grandes cilindros de Inox onde acontecerá a primeira fermentação. Neste mostro, estão presentes o suco e as cascas das uvas, assim periodicamente, os tambores são agitados para a transferência de coloração da casca para o conteúdo líquido. Quando atingem o grau de fermentação desejado, é feita a adição de álcool proveniente da aguardente vínica ( aproximadamente 9% do volume).
Este ultimo processo é oque dá as principais características ao vinho do porto, já que com a adição do álcool, eleva-se o grau alcoólico do vinho para 18-20%Vol , assim as atividades das leveduras cessam, o açúcar ainda não consumido incorpora-se  ao vinho, formando então o vinho do Porto.
Na primeira primavera que se segue a colheita os vinhos são transportados a Vila Nova de Gaia, na embocadura Douro, em frente a cidade do Porto, onde envelhecerão em recipientes de madeira de diferentes tamanhos: tonéis, pipas(com aproximadamente 630 Litros cada) ou barris
Curiosidade:
Em algumas propriedades as uvas utilizadas na fabricação do vinho do Porto ainda têm como principal método da maceração a Pisa da uva. Após serem colhidas, separadas do cacho e após sofrerem uma primeira prensa, as uvas são colocadas em recipientes de pedra denominados Lagares, onde as uvas são maceradas com os pés. Apesar ser um método mais trabalhoso e mais caro devido ao preço da mão de obra, a pisa garante que as sementes da uva permaneçam intactas e não agreguem sabor tânico ao vinho obtendo ainda a coloração através da casca.

A lenda do Gingerbread



O tão famoso biscoitinho feito á base de gengibre e melado teve sua ascensão mundial depois que virou personagem dos filmes de Shrek. 



Mas a lenda do gingerbread é bem mais antiga, e conta a história de uma senhora, que sempre quis ter um filho e nunca o teve. Então um belo dia ela foi preparar uns biscoitos para seu marido, e fez um no formato de uma pessoa e levou-os ao forno. Depois de um tempo ela começou a ouvir um pedido de ajuda dizendo: Deixe-me sair!! Foi quando ela abriu o forno  e o biscoitinho saltou de lá de dentro. Então a senhora e seu marido saíram correndo atrás dele pois queriam comê-lo para saciar sua fome mas ele fugia dizendo: Corram, ou vocês não conseguiram me pegar!! E pelo caminho ele encontrou uma vaca e um cavalo famintos mas que também não conseguiram pegá-lo. Até que o gingerbread percebeu que estava indo em sentido ao rio e aí não teria escapatória, até que surgiu uma raposa bem  esperta que se ofereceu para atravessar com ele, e foi quando ela o comeu.

Mas além dessa lenda o gingerbread também é muito famoso na Inglaterra no natal, onde ele é usado como enfeite em árvores, ou mesmo como lembrança como no caso da Rainha Elizabeth I que pediu para serem entregues biscoitos de gengibre com as feições de seus convidados.
Veja agora a fábula do Gingerbread Man:


Alemanha – Guten Appetit!





Figura 1 - joelho de porco - Fonte: intenet
Quando falamos em Alemanha logo pensamos em o joelho de porco, purê de maçã, chucrute, cerveja, marreco recheado. Mas lá esse tipo de comida é feito com menos frequência do que imaginamos. O comum são as comidas mais modernas estilo fastfood, conhecidas como comida de rua, que são os pratos rápidos e práticos para  comer na correria do dia a dia.

Figura 2 - comida de rua - Fonte:http://heikograbolle.wordpress.com/tag/gastronomia-alema/


Em quase todas as preparações são utilizadas salsichas, as brancas, defumadas, de sangue e são quatro tipos principais a Rodwust, que é a carne deixada crua conservada salgada, curada ou defumada, a Kochwust cozida, a Bühwust que é aferventada em agua ou sopa e o sabor se da pela defumação em seguida e a mais popular é a Batwust que é degustada frita ou grelhada. Nos churrascos elas são muito consumidas também, com pães de vários tipos.

Figura 3 - salsichas - Fonte: http://www.holzweg.com.br/2012/04/holzweg-cervejaria-salsicha-alema-tem.html

Figura 4 -  Churrasco
Tanto quanto as salsichas, a cervejas são as queridinha dos alemães, consomem a bebida no almoço, café da tarde e jantar. Sua produção é feita em grande escala, harmonizando com embutidos e culinária regional. Por constar mais de 1200 cervejarias ativas e 5000 marcas não é a toa que a Alemanha é conhecida como “país da cerveja”.

Figura 5 - cerveja - Fonte: http://heikograbolle.wordpress.com/tag/gastronomia-alema/

            E no Brasil alguns costumes alemães se fixaram como por exemplo a oktoberfest, que teve origem em 12 de outubro de 1810, quando o Rei Luis I, casou-se com a princesa Tereza da Saxônia e para festejar o enlace organizou uma corrida de cavalos, a festa foi um grande sucesso que continuou por todos os anos, os povos próximos começaram a participar com seus produtos nativos, o evento tomou tamanha proporção quando chegou em Munique o primeiro trem que transportava visitante para conhecer, a partir dai o conceito de festa mudou, barracas com produtos da região começaram a ser comercializados, mas cerveja era proibida na época, não era como conhecemos hoje com mulheres com muitas canecas lotadas de cerveja , ela só foi liberada em 1918. E depois disso só aumentou o público e suas canecas! Em Munique recebe atualmente um publico de quase 10 milhões de pessoas e em Blumenau 700 mil por ano. O consumo de cerveja nessa festa chega a 7 milhões de litros.

Figura 6 - oktoberfest Fonte: www.funzug.com

O segredo do Chocolate Suíço.



Suíça é um país que está localizado entre alguns dos mais famosos e charmosos países da Europa, como França, Itália, Alemanha e Áustria, fazendo fronteira com todos eles. Famoso por suas montanhas é um país frio, que vive quase o ano todo sob baixas temperaturas, fazendo com que esquiar seja um dos esportes favoritos do país.
Alpes Suíços


Além dos famosos relógios e canivetes suíços outro produto de grande repercussão mundial é o chocolate.
Mas apesar de toda a fama os “descobridores” do chocolate não foram os suíços, quem teve o primeiro contato com o cacau foram os Astecas, que habitavam a região onde atualmente está situado o México. Com a chegada dos colonizadores europeus o cacau foi levado para a Europa pelas mãos de Fernando Cortez. Ele tomou conhecimento desse produto através de uma bebida que lhe foi oferecida pelo imperador Asteca, Montezuma. A bebida amarga de nome Xocolatl chamou a atenção de Cortez que a levou para a Espanha, aí então foram modificando a bebida, acrescentando açúcar, baunilha e leite e espalhando esse hábito por países como França e Inglaterra.

Encontro de Fernão Cortez e do Imperador Montezuma


O chocolate então teve um desenvolvimento especial, pois houve uma especialização em manipular e criar novas formas para a bebida, tal como adicionar leite e criar a primeira barra de chocolate para ser consumida como sobremesa por volta de 1847, na Holanda. E aí então as fábricas começaram a investir até hoje nos avanços tecnológicos para sempre melhorar o produto.
Mas afinal o que faz do chocolate suíço um dos melhores do mundo?
 
Chocolate suíço em barras

Os chocolates antes da adição de leite eram duros e granulosos, característica essa que mudou depois que o fundador dos Chocolates Lindt, Rodolphe Lindt, criou o processo de conchagem. Além do leite que deixava claramente os chocolates mais macios a conchagem fazia com que as moléculas do cacau se quebrassem e se arredondassem deixando o chocolate mais aveludado, literalmente derretendo na boca.
Processo de conchagem

 Esse processo pode levar de horas até dias, sendo mais comum de 12 a 48 horas.O nome foi criado a partir do formato da primeira máquina criada, que tinha forma de conchas, que através de cilindros de granito iam quebrando ainda mais as moléculas, e isso atribuia também sabor e aroma característicos à massa de chocolate, e esse foi o grande segredo da marca Lindt, até que foi também descoberto pelas outras marcas. 
Chocolates Lindt


Hungria




Figura 1 – húngaras – Fonte:

A comida Húngara é extremamente rica em temperos e principalmente especiarias a mais utilizada é a páprika tanto a doce quanto a picante, os pimentões.  Carnes fortes como salames, carne de porco, de boi, linguiça defumada compõe a alimentação dos húngaros.
Eles são famosos por usarem caldeirões e brasa no chão, um prato típico famoso de lá é o goulash ou “gulyas” que teve origem no século IX, pelos nômades, por terem uma vida itinerante criaram este prato, cozinhavam a carne com cebolas, em seguida deixavam a carne secando ao sol e ressecavam o molho secar até virar pó, esses dois eram guardados em intestino de animais para a conservação, quando iam comer derretiam um pouco de gelo e colocavam dentro de caldeirões sobre a brasa para espessar e se alimentarem. Anos seguinte acrescentaram a páprica, o pimentão, a banha de porco e deixaram este prato mais saboroso e sofisticado.
Hoje a Hungria é conhecida por possuir este prato, o mundo todo o reproduz e adicionam seus ingredientes de preferência, mas o verdadeiro goulash só pode ser feito em caldeirão e brasa e fica cozinhando por horas e horas e sempre com adição de muita páprica.
Há 4 tipos diferentes de goulash:
ü  Goulash: feito por pastores de ovelhas, com carnes picadas, eles preparavam e comiam em suas longas viagens, originalmente cozido em caldeirão.


Figura 2 - goulash - Fonte: http://www.plenamulher.com.br/plena/userfiles/image/materias/2012%20magico/gros.jpg


ü  Pörkölt: torrado, o que o diferencia do goulash pela consistência do molho mais escuro e espesso e sua cor é mais forte.


ü  Tokány:  é semelhante ao Pörkölt mas sem páprica


Figura 4 – tokány - fonte: http://www.slovakcooking.com/wp
ü  Paprikas: feito de carnes brancas e leves com peixe, vitela, aves e serve com creme azedo.

Figura 5 - paprikas - Fonte: http://www.slovakcooking.com/wp content/uploads/2009/11/paprikas13.jpg

O link abaixo mostra um pouco de como é feito o Goulash, um grupo de brasileiros em uma viagem, aprendendo mais sobre a cultura culinária da Hungria:

Escandinávia




Países formadores: Islândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia.
Local de muitas histórias, desde a descendência nórdica até os Vikings (desbravadores de fama agressiva).
 Por ser uma região muito fria, se compreende que seria um local muito monótono, tanto para viver quanto para se alimentar. Não devemos crer que a cozinha da Escandinávia seja uma cozinha parada e sem muito a oferecer. Existe uma gama de ingredientes que não estamos acostumados, porém de grande valor nutritivo e formas de cocção que em sua maioria, se remetem a longos períodos de calor, não somente amolecer as carnes, mas também dessa forma aquecendo a casa por um todo. Arenques, carnes de cordeiro ou rena frescas, defumadas ou secas são alguma dessas variedades. Técnicas que prolongam sua conservação e seguindo os produtos no ritmo de inverno são mais um ponto dessa região. Os legumes costumam ser fermentados dando origem ao chucrute de couve, nabo. Defumar e secar carnes são comuns nessa região gelada, carnes como a de cordeiro ou de rena são populares na despensa norueguesa. Já o peixe se apresenta de todas as formas: seco, em salmoura, defumado, marinado, à escabeche e fermentado, entre outras possibilidades. As gorduras mais utilizadas são a manteiga e o creme de leite, duzentos tipos de variedades de queijos de cabra ou de vaca, estão registradas na Suécia.

O peixe que virou marca
 O arenque, peixe que vive em aguas frias, com valores nutritivos importantes para uma alimentação saudável, como ômega 3 vitaminas A, D e B12, pode ser produzido tanto defumado quanto frito, grelhado e fresco. Peixe que é utilizado de tantas maneiras diferentes de servir não seria de se espantar que virasse símbolo, marca de algo. A marca Alemã Hering (Arenque em alemão), instalou-se no pais em 1880 em Blumenau. Criada pelos irmãos Hermam e Bruno Hering, utilizaram de seu sobrenome para formar uma marca reconhecida por boa parte dos brasileiros, os dois peixinhos cruzados, que nada mais são que a representação dos dois irmãos fundadores da fábrica têxtil da marca.

 
                          Figura 2 - Arenque Fresco                                           Figura 3 - Logomarca da Hering
        

Rússia, o império de gelo







Figura 4 - Mapa Global Mostrando a Região da Rússia
Rússia ou confederação Russa tem é separada por regiões onde cada uma tem sua própria característica, um sotaque diferente do outro, e uma gastronomia especifica de cada região. País representado na Eurásia (Europa e Ásia) juntos.
Localizado ao norte e por ser uma região de clima frio, eles procuram na gastronomia algo para se aquecer e se alimentar, trazendo de diversas maneiras receitas originais. Tendo assim uma das mais tradicionais do país é a sopa condimentada de nome Borsch, a mais conhecida iguaria da Rússia. O Golubisch também muito tradicional é um rolinho de couve feito com carne. As carnes de caça são muito apreciadas pela população (bem como a carne de perdiz, lebre, alce, urso, rena e  veado), assim como a utilização de peixes como o salmão.
Carne de Rena 


Carne de Urso com legumes
Não podemos esquecer é claro que ao falar da Rússia não poderíamos esquecer o Straganov que “abrasileirado” se transforma no nosso Strognoff, com muitas diferenças (mas sem duvida alguma), um resquício da culinária russa em nosso dia a dia.
O centeio, o trigo, a cevada, a aveia e o milho são desde tempos remotos utilizados pelo povo Russo, adjunto com suas técnicas de moagem e os segredos da massa fermentada com levedura. Em lugares como a Rússia e a região da Escandinávia a batata tem um papel crucial quando lá chegou. Fonte de nutrientes, e perfeita para engrossar sopas e produções lentas, fez-se um alimento que não somente mudou a forma alimentar dessas regiões, mas também seus hábitos como sociedade.

O que é Samovar?
Muito utilizado para servir bebidas quentes em finais de festas, formaturas e conferências de negócios, o samovar tem origem Russa, mais uma ligação de nossa cultura com esse povo de terras frias. O Samovar é um utensílio de cozinha russo que é muito utilizado e apreciado pelos Czares para servir chá. Feitos desde latão até prata e ouro, sua beleza impacta e gera olhares curiosos por seu formato estranho, porém elegante..